Aconteceu no último domingo (19/03), em Dubai, a premiação do Global Teacher Prize 2017, considerado o Nobel da educação. A vencedora foi a professora canadense Maggie MacDonnell, que desenvolveu diversos programas com a juventude em Salluit, um vilarejo inuíte de pouco mais de 1300 habitantes localizado no Ártico.

Com o isolamento promovido pelas temperaturas extremas – que chegam a -25º no inverno – e sem qualquer tipo de acesso rodoviário, a população jovem local vinha sofrendo com altos índices de evasão escolar, consumo de álcool e drogas, até suicídio.

Maggie MacDonnell foi a educadora responsável por projetos que geraram autonomia, engajaram os estudantes na comunidade local e contribuíram para a transformação desse cenário. Entre os projetos, destacam-se o desenvolvimento de trabalhos manuais e artísticos como forma de expressão, o voluntariado de alunos em uma creche local, a criação de uma cozinha comunitária que diariamente é responsável pelo preparo de refeições saudáveis para habitantes locais, e um grupo de corrida que se vale do esporte como forma de prevenção contra vícios e suicídio, além de auxiliar na compreensão de aspectos da administração ambiental.

O resultado dos esforços da educadora mostrou-se tão efetivo que, apesar dos desafios que enfrentam, os estudantes uniram-se em iniciativa própria para arrecadar dinheiro para a causa da prevenção do diabetes.

Nas palavras de Maggie, “quando você corre sozinho, é rápido; mas quando você corre com outros, pode chegar muito mais longe.”

É possível conhecer mais sobre a inspiradora história de Maggie MacDonnell, no site www.globalteacherprize.org e no vídeo abaixo (ambos em inglês).

Também vale a pena conhecer no site do prêmio o trabalho dos outros 9 finalistas do Global Teacher Prize 2017, entre eles o do brasileiro Wemerson Nogueira.

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